sábado, 1 de março de 2008

Se eu pudesse...
17-11-60

Se eu pudesse te dizer, querida, quanto minh’alma te venera e o meu coração te quer;
Se eu pudesse dedilhar neste teclado as frases que expressassem a paixão que me devora;
Se eu pudesse te falar no ouvido, só para nós dois todo o meu amor;
Se eu pudesse ao te olhar, deixar transparecer o ardor do meu desejo;
Se eu pudesse realizar o que sonho, o que almejo;
Se eu pudesse construir um mundo que só coubesse nós dois;
Se eu pudesse ter forças para num só abraço te enlaçar;
Se eu pudesse te beijar todas as vezes que quero;
Se eu pudesse incutir em tu’alma a verdade do meu querer;
Se eu pudesse, quando morrer, morrer em teus braços;
Se eu pudesse, ao expirar, beber o néctar dos teus lábios;
Se eu pudesse, nas noites de frio, buscar o calor do teu corpo;
Se eu pudesse nas noites insones dormir com teus olhos;
Se eu pudesse nos dias tristes da vida, sorrir com teu sorriso;
Se eu pudesse, quando as forças me faltam na luta que travo pelo futuro, sentir teu sangue fluir em minhas veias;
Se eu pudesse realizar o que quero, o que penso e o que sonho;
Eu seria um homem feliz! Abraçaria o mundo e gritava-lhe a minha alegria! Beijaria os cravos e amaria as rosas!
Bem sei, querida, que me queres. Tenho certeza que me amas.
Entretanto, o meu amor é tão grande que esconde o teu.
E faz-me duvidar de ti. Do teu querer. Da tua amizade.
É a força da paixão que me obriga,
Como me obrigou a fazer isto...

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